Por: Gilmar Ferreira em
O futebol brasileiro ainda respira.
E a gente que costuma ser tão crítico com os técnicos precisa reconhecer e enaltecer quando dois times vão a campo dispostos a jogar a bola.
Neste noiote deste domingo (5), Grêmio e Fluminense trocaram quase mil passes e finalizaram ao gol 25 vezes.
Um espetáculo maravilhoso que estávamos acostumados a ver nas competições europeias.
Renato Gaúcho e Fernando Diniz encheram meu domingo de alegria…
GRÊMIO 4 x 5 FLUMINENSE.
Um jogo franco, com dois times valorizando a posse da bola e (repito!) 25 finalizações – 15 para o Fluminense, dez para o Grêmio.
E para aqueles que iniciavam as teses conspiratórias contra o conceito de jogo de Fernando Diniz, baseado nos últimos maus resultados, talvez estejam ainda revendo suas posições.
Só um time preparado para jogar futebol consegue virar um placar de 3 a 0, diante de um adversário mais experimentado e jogando com a torcida a favor.
SÃO PAULO 1 x 1 FLAMENGO.
Seis jogadores revelados na base, um time mexido em todos os setores, construção de jogo inconsistente e um adversário em ascensão…
O time que Abel Braga levou ao Morumbi tinha tudo para sair derrotado.
Por isso, ainda que pudesse ter tirado melhor proveito do gol marcado no início, o Flamengo ficou só com o empate.
Um ponto importante pelas circunstâncias, que joga água na fervura e dá tranquilidade para o duelo contra o Peñarol, quarta-feira, pela Libertadores, no Uruguai.
BOTAFOGO 1 x 0 FORTALEZA.
O time de Eduardo Barroca aos poucos assume sua mais nova identidade e começa a colher os frutos.
A presença de Diego Souza na linha de frente cria a referência ofensiva necessária para a verticalidade e o resto é trabalho coletivo.
O Botafogo sofreu, não teve sequer o maior número de finalizações (9 a 14), mas trocou 516 passes e jogou um futebol empolgante.
E contra um adversário treinado para jogar com intensidade e volume, mesmo fora de casa.
VASCO 1 x 1 CORINTHIANS.
É preciso reconhecer aspectos importantes: foi a nona partida do time nos últimos 30 dias – média de quase um jogo a cada 72 horas.
Para um elenco mal planejado por Alexandre Faria e mal gerenciado por Alberto Valentim a maratona acabou sendo fatal.
Ainda mais levando em conta o fato de a sequência ter iniciado uma semana após a série de oito jogos em 30 dias.
Nas próximas cinco rodadas, o Vasco jogará só nos finais de semana, terá a oportunidade de se reorganizar internamente e melhorar a intensidade do time.
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